16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres

A campanha dos 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra as mulheres é uma mobilização internacional realizada em mais de 160 países, e tem como proposta promover reflexões sobre violências de gênero. Mundialmente ela se inicia no dia 25 de novembro e vai até o dia 10 de dezembro, sendo esse período marcado por várias datas históricas e de grande importância no combate à violência contra a mulher.

No Brasil em atenção às violências sobrepostas que a mulheres negras sofrem, o calendário começa um pouco mais cedo, dia 20 de novembro, a escolha se deu por nacionalmente ser o Dia da consciência negra.

As demais datas estão inseridas no calendário internacional: 25 de novembro, Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher, 6 de dezembro, que é o Dia Nacional de Mobilização dos Homens pelo Fim da Violência contra as Mulheres e 10 de dezembro, o Dia Internacional dos Direitos Humanos.

O engajamento do dia 25 de novembro - Dia Internacional da Não Violência contra a Mulher – é uma homenagem ao dia da morte das irmãs Mirabal " Las Mariposas", como eram conhecidas as irmãs Minerva, Pátria e Maria Tereza, que se opuseram ao governo ditador da Republica Dominicana, em busca da liberdade política.

Com a ascensão do governo de Trujillo, a família Mirabal perdeu todos seus bens, inclusive sua casa, e com isso as irmãs passaram a lutar contra esse tirano, Las Mariposas foram torturadas e mortas no dia 25 de novembro de 1960.

Em 17 de novembro de 1999, a Assembleia das Nações Unidas, declarou essa data como Dia internacional da eliminação da violência contra a mulher.

O Dia Mundial de combate à Aids foi declarado no dia 01 de dezembro fruto de  um encontro entre Ministros da Saúde que aconteceu em Londres, no Brasil o governo preocupado com o crescente número de casos entre as mulheres, lançou o programa para enfrentar a feminização da Aids e de outras doenças sexualmente transmissíveis.

Segundo dados do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV – UNAIDS- estima-se que mais das metades das pessoas infectadas sejam mulheres, um dos dificultadores nesse combate é a violência de gênero que as mulheres sofrem em seus relacionamento íntimos, por vezes seus parceiros não comunicam que estão infectados e não fazem uso de preservativos.

Temos também o dia 06 de Dezembro como sendo o dia Nacional de mobilização de homens para o fim da violência contra a mulher, através da campanha do laço branco. Essa data é uma lembrança ao massacre que ocorreu em uma escola no Canadá, quando no dia 06/12/89, 14 estudantes mulheres foram assassinadas. A tragédia inseriu os homens no debate pelo fim da desigualdade entre homens e mulheres, nascendo assim a campanha do laço branco ( homens pelo fim da violência contra a mulher).

Importante, registrar que o autor dos disparos no Canadá determinou que os alunos do sexo masculino saíssem da sala de aula e disparou contra as alunas, após, suicidou, deixando uma carta onde dizia que não aceitava mulheres na escola Politécnica de Engenharia.

No dia 10 de dezembro encerra-se a campanha dos 16 dias de ativismo com a comemoração do Dia internacional dos direitos humanos, declarado pela ONU, em 10/12/48, no clima de pós Segunda Guerra Mundial.

Como visto, no Brasil, são 21 dias de campanha, onde sociedade civil e Poder Público realizam palestras, eventos, círculos de debates, seminários e caminhadas pelo fim da violência contra as mulheres.

Faça parte você também dessa campanha, como?

Bem, sugiro que você conheça quais serviços da rede de atendimento que estão disponíveis em seu Município para mulheres em situação de violência de gênero, um bom local para conhecer a listas é no site da Secretaria de Assistência Social do Governo do Estado, lá consta endereços e telefones do CREAS- Centro de referência especializado de assistência, onde a mulher pode ter acesso a psicólogos, grupo de conversas e outros serviços.

Também vale a pena conhecer um pouco mais sobre a Lei Maria da Penha e os direitos das mulheres, aqui no blog estarei sempre trazendo informações para vocês.

Assim, mesmo que você não seja uma vítima de violência de gênero, poderá com essas informações auxiliar e socorrer uma mulher que esteja em situação de violência. 

Junte-se a essa campanha. Diga não à violência contra a mulher!