Zacimba Gaba - A Princesa negra #dia2

imagem extraída do google imagem 05-04-16


Hoje vamos conhecer um pouco sobre a vida da princesa Zacimba Gaba uma  mulher que não aceitou a sorte que o destino preparou a ela e ao seu povo, e através de  ações premeditadas, típicas de guerreiras, fez  diferença na história do Brasil. Nasceu livre em Angola, foi comprada por um Barão do norte do Espírito Santo, desembarcou em terras Capixaba no ano de 1690.Viveu como escrava, sendo humilhada e torturada pelo seu dono, mas nunca desistiu de lutar pela libertação do seu povo.


Zacimba, que era princesa no condado onde hoje encontra-se o pais de Angola, também foi recebida como princesa pelos escravos da fazenda para onde foi levada, fato que gerou fúria no Barão, que tão logo tomou conhecimento, proibiu que ela saísse da Casa Grande,passando a castiga-la fisicamente, fazendo crescer nos negros  uma revolta que os levou a planejar a fuga da princesa e a morte do fazendeiro.

Fonte: Catraca Livre
Com a ajuda dos negros da fazenda onde vivia, Zacimba, com perspicácia, paciência e sabedoria, envenenou durante anos, lentamente, ao seu dono. Revela a história que o veneno foi feito a partir da cabeça da cobra jararaca, que cortada, torrada e moída, foi sendo servida a
os poucos ao Barão Português José  Trancoso. 

Essa guerreira liderou a fuga do seu povo e juntos formaram um quilombo ( onde hoje esta localizado Itaúnas), que serviu de refugiu para negros da região. Mas, apenas a liberdade daqueles que com ela viviam, não foi suficiente para essa guerreira. A princesa vendo o sofrimento do seu povo que chegava nas embarcações no Porto de São Mateus em condições precárias,, muitos morriam durante as viagens, e os que sobreviviam, tornavam-se escravos humilhados, submetidos a agressões físicas por parte dos senhores, passou a comandar resgates nos navios tão logo os mesmos atracassem em solo Espirito Santense, contando com os negros que ela liderava e com a noite como seus fiéis escudeiros.

Não há registros sobre a morte de Zacimba Gaba, sabe-se que ela terminou sua vida como "um raio na escuridão", quero crer que, como ela comandou durante anos ataques aos navios, surgindo no meio da noite em canos precárias para resgatar os negros escravos, a referência à sua morte seja em um desses enfrentamentos.

Zacimba Gaba, orgulho para história do Espírito Santo!


Comentários

  1. Um povo que não conhece sua história, não sabe para onde vai. É muito bom conhecer a história de nossas guerreiras. Ao lado de tantos desafios na história feminina há grandes exemplos a serem seguidos.

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  2. Isso ai, você faz parte desse rol de mulheres guerreiras!!!

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  3. "Se quiseram matar a jararaca, não fizeram direito, pois não bateram na cabeça, bateram no rabo, porque a jararaca está viva."

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  4. Muitos bons tds os seus posts Cláudia! Só acrescenta. Parabéns!

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  5. Obrigada Milena, adoro quando recebo feed back como o seu, hoje estou no Rio de Janeiro. Fui a duas livrarias busca de novidades!!!

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  6. Mais uma grande contribuição. Fico feliz em poder participar do blog. Sinto que podemos usa-lo com biblioteca. Obrigada e parabéns.

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  7. Por falar em biblioteca Hélia , ontem visitei duas livrarias no Rio de Janeiro!!!!!

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  8. Nao sou do Espirito Santo nao conhecia a historia de Zacimba, achei interessante, parabéns pela materia Claudia !!!!

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  9. Assim, como você Rosangela, eu sou Paulista, mas Capixaba por opção e coração, e, também me encantei com a história dessa Princesa Guerreira, uma mulher que tinha tudo para aceitar sua condição de escrava, mas, que lutou e fez diferença na história do Espírito Santo.

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  10. A historia de Zacimba precisa ser divulgada, sua contribuição é de grande relevância Dra Claudia, pois a maioria dos capixabas desconhece essa importante guerreira.
    Tive acesso quando adolescente, pois essa historia foi narrada por um autor mateense, Maciel de Aguiar, e tive o privilégio de encontra na biblioteca da escola Polivante em São Mateus. A coleção sob o título "Os ultimos Zumbis" que Traz a história de diversos guerreiros negros, como Zacimba Gaba, Viriato Cancão-de-Fogo, Negro Rugério e Constança de Angola, entre outros.
    O autor, adquiriu tamanha facinação pela personagem, que deu esse nome a sua filha.

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