O
feminismo, enquanto movimento político, foi, e continua sendo a mola propulsora
na evolução dos direitos das mulheres e responsável pelas novas organizações
nos espaços públicos e privados. Mas, hoje o que se pergunta é: sobre quais
mulheres estamos falando?
A
historiografia feminista tem mostrado que as transformações socioculturais
mudaram as vidas das mulheres, houve um descortinamento, o que faz com que as
excluídas da história paulatinamente conquistem visibilidade.
As
reivindicações das mulheres incomodam estruturas criadas por visões patriarcais
e machistas. Mulheres das mais diversas classes sociais, graus de escolaridade,
etnia, credos e áreas econômicas enfrentam preconceitos e estereótipos diversos.
Hoje falamos em vários movimentos feministas cada qual com sua bandeira, sua dor, sua história, sua luta e vitória, todos, porém, convergindo para deslegitimar opressores conservadores que insistem em não querer tolerar que o mundo mudou.
Mulheres
não nascem com seus destinos traçados, podemos ser o que quiser, cuidar da
família, ou não, termos vários filhos ou nenhum, só não podemos abrir mão de “nos
olhar”.
A
intolerância em relação ao feminismo, reforça o quanto devemos resistir ao
privado, explicado por Hannah Arendt em “A condição humana” como sinônimo de
privação.Para a autora estar no mundo privado é não ser ouvido e visto no
mundo político.
A
modernidade líquida proposta por Zygmunt Bauman nos dá a real noção de que as
coisas não estão muito bem definidas, todos os dias nos reinventamos, mas, é importante reafirmar que: mulheres
não querem os lugares dos homens, querem os lugares das mulheres, numa
sociedade equânime onde impere a observância do princípio da dignidade humana de se ser mulher!
Por Cláudia R. Santos Albuquerque Garcia
Excelente texto, Dra Cláudia. Não nascemos predestinadas a submissão. Somos livres para escolher nossos destinos e exigimos respeito com nossas escolhas.
ResponderExcluirA sociedade machista, ainda não conhece a intenção da mulher quando luta por seus espaços. Ha muito que se falar e sempre. Abraço.
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