As
mulheres brasileiras durante séculos não estiveram presentes nas constituições
brasileiras, já no Império a primeira Carta trazia que “todos eram iguais”,
expressão que deixou por décadas mulheres sem direito ao ensino fundamental e
ao exercício da cidadania através do voto.
A
invisibilidade da mulher só foi rompida a partir da Constituição Federal de
1988, o talvez mais conhecido e popular artigo 5º preceitua que “homens e
mulheres são iguais em direitos e obrigações”.
Passados
30 anos, sim esse ano a Constituição Federal completa três décadas, é chegada a
hora de algumas reflexões. A que proponho por ora é:
Igualdade
ou equidade?
Vamos
lá.
Igualdade
é o sistema legal que tem como objetivo igualar homens e mulheres. No ano de 1988
significou uma emancipação civil para todas as brasileiras.
Equidade
é mais ampla. É a JUSTIÇA. Igualdade de oportunidades.
Falar em
equidade de gêneros significa, por exemplo, educação igualitária para meninas e
meninos, não é preciso fazermos muito esforço para lembrarmos de famílias onde,
enquanto os meninos após as refeições vão para o quintal brincar ou assistir
televisão com o pai, a filha menina vai ajudar a mãe a lavar a louça.
Há uma
naturalização da dupla carga para as mulheres e essa dupla, tripla, quadrupla
jornada está listada entre um dos maiores obstáculos para concretização da
equidade. de gênero.
Mulheres tem menos tempo para descanso, lazer, e criação e produção
intelectual.
Indubitavelmente, a construção de política específica para inclusão
da mulher nos processos democráticos é urgente e necessária.
É
muito comum encontrarmos mulheres bem sucedidas profissionalmente que a
despeito da carga profissional (tal qual os homens) são muito cobradas por seus
familiares em seus afazeres domésticos, por vezes, desafiadas “a darem conta”
como punição já que saíram do ambiente privado legitimado a elas.
De
acordo com relatório lançado pela ONU no
ano de 2015, somente daqui a 81 anos mulheres e homens alcançarão equidade de gênero na economia.
Não há
mais espaço para igualdade apenas perante a lei, há um distanciamento entre o
que está escrito no artigo 5º da Constituição brasileira e o que vemos na
prática. É preciso repensarmos em igualdade como produtora de JUSTIÇA, estamos
assim falando de EQUIDADE.
Através
da equidade de gênero alcançaremos o equilíbrio na sociedade, dentro de um
sistema sócio, jurídico, cultural e político, com direitos, deveres,
oportunidades, divisão de tarefas e cargos iguais entre homens e mulheres e com
respeito às diferenças.
Concordo plenamente a equidade entre nós é uma palavra que ao contrário sa inquidade que mancha .a trajetóriaia de um país. Seria a verdadeira palavra que se levada a sério, muda e mudaria com certeza e afirmo a trajetória de uma nação.
ResponderExcluirMuito bom !
ResponderExcluirBacana o texto!
ResponderExcluirQue sonho essa equidade!
Eu vi uma pesquisa, há tempos, que posicionava o Brasil em ÚLTIMO lugar entre os países membros do Mercosul na equidade de gênero.
Parabéns pela abordagem do tema.
Bela reflexão
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